quarta-feira, 1 de maio de 2013

DIA DO TRABALHADOR



O Dia do Trabalhador ou Dia Internacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia 1 de Maio, sendo feriado em muitos países do mundo, como por exemplo, Portugal e Brasil. 
No calendário litúrgico celebra-se a memória de São José Operário, por tratar-se do santo padroeiro dos trabalhadores.

Dia do Trabalhador em Portugal



Em Portugal, só a partir de Maio de 1974, (o ano da revolução do 25 de Abril), é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia.


O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, quase sempre, promovidas pela central sindical CGTP-IN, (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical), nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT, (União Geral dos Trabalhadores).

Este ano de 2013, em particular, a manifestação, apoiada pela UGT, é liderada por Carlos Silva, o seu novo secretário geral, que substitui João Proença, assume-se de grande importância e impacto. Com uma adesão massiva, num desfile de protesto contra as fortes medidas de austeridade, impostas pelo governo de Pedro Passos Coelho, que incluem cortes nos salários e nas pensões, para além da perspetiva de mais despedimentos, numa altura em que os números do desemprego são muito preocupantes. Os discursos da UGT decorrem nos Restauradores.

O desfile da CGTP, cujo secretário geral é Arménio Carlos, reuniu também milhares de pessoas, e avançou, ao som das “músicas de abril” pela Avenida Almirante Reis, desde a Martim Moniz, em direção à Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, norteado pelas mesmas preocupações: a defesa dos direitos e garantias dos trabalhadores e a luta contra a precariedade e o desemprego e, em especial, ao memorando da denominada "Tróica".


História
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba, por desconhecidos, para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia então abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.


Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida recaiu no dia 1 de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891, uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.



Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano, dia feriado. Em 1920, a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.


Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data, como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890, a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.



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