O Dia do Trabalhador ou Dia
Internacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia 1 de
Maio, sendo feriado em muitos países do mundo, como por exemplo, Portugal e Brasil.
No calendário litúrgico celebra-se
a memória de São José Operário, por tratar-se do santo padroeiro dos
trabalhadores.
Dia
do Trabalhador em Portugal
Em Portugal, só a partir de
Maio de 1974, (o ano da revolução do 25 de Abril), é que se voltou a
comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado.
Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida
pela polícia.
O Dia Mundial dos
Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações,
comícios e festas de carácter reivindicativo, quase sempre, promovidas pela
central sindical CGTP-IN, (Confederação Geral dos Trabalhadores
Portugueses - Intersindical), nas principais cidades de Lisboa e Porto,
assim como pela central sindical UGT, (União Geral dos Trabalhadores).
Este ano de 2013, em particular, a manifestação, apoiada pela UGT, é liderada por Carlos Silva, o seu novo secretário geral, que substitui João Proença, assume-se de grande importância e impacto. Com uma adesão massiva, num desfile de protesto contra as fortes medidas de austeridade, impostas pelo governo de Pedro Passos Coelho, que incluem cortes nos salários e nas pensões, para além da perspetiva de mais despedimentos, numa altura em que os números do desemprego são muito preocupantes. Os discursos da UGT decorrem nos Restauradores.
O desfile da CGTP, cujo secretário geral é Arménio Carlos, reuniu
também milhares de pessoas, e avançou, ao som das “músicas de abril” pela Avenida
Almirante Reis, desde a Martim Moniz, em direção à Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, norteado pelas mesmas preocupações: a defesa dos direitos e garantias dos trabalhadores e a
luta contra a precariedade e o desemprego e, em especial, ao memorando da denominada "Tróica".
História
Em 1886, realizou-se
uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados
Unidos.
Essa manifestação tinha como
finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e
teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve
geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que
acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes.
No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como
protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o
lançamento de uma bomba, por desconhecidos, para o meio dos policiais que
começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia então
abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes
acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida recaiu no dia 1 de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891, uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida recaiu no dia 1 de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891, uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado
francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano,
dia feriado. Em 1920, a Rússia adota o 1º de Maio como
feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.
Apesar de até hoje os
estadunidenses se negarem a reconhecer essa data, como sendo o Dia do Trabalhador,
em 1890, a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso
aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
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