Origem do batom: O batom, (do francês bâton ), é seguramente um dos hábitos mais antigos do universo da ornamentação feminina.No entanto, contrariamente ao que é normal referir-se, o uso de corantes para decorar os lábios não foi instituído por Cleópatra.
A sua origem remonta ao tempo dos egípcios quando as mulheres tinham o costume de usarem pedras semipreciosas em torno dos olhos e dos lábios. No museu de Berlim, na Alemanha, pode ver-se no busto de Nefertiti, a rainha egípcia esposa do faraó Akhenaton, que os lábios femininos já eram pintados mil anos antes da era de Júlio César.
No mundo antigo eram utilizados produtos naturais para se pintar os lábios. As mulheres gregas usavam uma raiz vermelha chamada “polderos” misturada com cera de mel para dar um aspecto mais saudável e húmido aos lábios. As mulheres das altas classes do Egipto usavam “púrpura de Tyr” que nada mais era que uma tinta, bastante rara, produzida na cidade fenícia de Tiro.
O batom começou a ganhar mais popularidade na Inglaterra através do século XVI, durante o reinado da rainha Elisabeth I. Criou-se então um padrão de moda feminina em que a cara era tornada o mais branca possível, com a ajuda de cremes, e assim contrastava com os lábios bem vermelhos. Por essa altura o batom era confeccionado a partir de cera de abelha e tintas vegetais.
No início do século passado, um perfumista francês de nome Rhocopis, criou o que baptizou de “baton serviteur” (bastão servidor), que consistia simplemente numa massa de talco, óleo de amêndoas, essências de bergamota e limão, de cor vermelha e que era vendido numa embalagem de papel de seda. Num ápice esta invenção conquistou as actrizes e prostitutas do mundo inteiro. Talvez devido a isso, só após a Primeira Guerra Mundial é que as donas de casa perderam o preconceito e começaram a aderir à moda do batom vermelho.
O formato do batom também passou por processos de modernização. Por volta do ano de 1915, apareceu nos Estados Unidos um derivado do “baton serviteur”: um colorante labial em forma de pequeno tubo metálico. A sua aceitação na América do Norte foi quase instantânea. Em 1921 a revista Vogue publicitava esse “tubinho” como um acessório de elegância que todas as mulheres de classe deveriam possuir.
A fórmula sólida do batom só teve início na década de 1930. Mesmo assim a receita básica não sofreu radicais mudanças. Ela é, até hoje, uma dispersão de cores numa base gordurosa, permitindo assim a fácil aplicação de uma camada uniforme.
Com a evolução da indústria cosmética, actualmente o batom não dá apenas cor, mas também protege a pele delicada dos lábios contra o frio, o vento e o sol. Fonte: A origem das coisas.
A sua consistência pode ser mais, ou menos cremosa, consoante os ingredientes emolientes da composição da batom. A intensidade da cor e sua durabilidade depende dos agentes corantes utilizados, da consistência da pasta e do efeito pretendido: mais ou menos translúcido, nacarado, mate, "nude", ou muito brilhante.
A panóplia de cores é imensa e, nos dias que correm, praticamente não há limites para a escolha da cor a usar. Todavia, a cada estação, são lançadas tendências, que ditam algumas combinações possíveis e supostamente mais adequadas aos ditames da moda, em geral. Porém, é o gosto pessoal que é determinante, na altura de decidir que batom comprar ou usar, em determinada ocasião.
Na dúvida, o melhor mesmo é optar por um tom que harmonize com o visual adoptado, em cada dia, como por exemplo um tom neutro!
Uma dica recorrente é a de não "carregar" no batom, se a intenção é a de evidenciar os olhos, e vice-versa.
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